postado em 06/02/2012 08:53
Há quase 180 anos, Argentina e Reino Unido brigam pela soberania de um gelado arquipélago a 480km da Terra do Fogo. As Malvinas, ou Falklands, dependendo do interlocutor, têm uma área de 12 mil quilômetros quadrados, nos quais vive uma população de pouco mais de 3,1 mil pessoas. Tema de inúmeras discussões, de assembleias das Nações Unidas e de uma guerra entre os dois países, as ilhas voltaram a ocupar as páginas dos jornais nos últimos meses. De um lado, porque o conflito armado completará 30 anos em abril. De outro, porque se abriu recentemente a atrativa possibilidade de exploração de petróleo sob o mar que circunda o território.Com o acirramento da disputa, Londres anunciou o envio de um moderno navio de guerra para a região. O príncipe William, segundo na linha de sucessão do trono, desembarcou por lá na última quinta-feira, para um período de serviço como piloto da Real Força Aérea. As recentes movimentações, alegam os britânicos, são de rotina e estavam programadas havia meses. Para os argentinos, porém, o Reino Unido está tentando militarizar o arquipélago, o que afetaria também a opção da América Latina por afirmar-se como região pacífica. ;Para nós, as Malvinas são mais que um direito. Trata-se de um dever irrenunciável, uma política de Estado;, defende o embaixador argentino no Brasil, Luís María Kreckler, que chegou para ocupar o cargo há duas semanas.
Diálogo adiado
O argumento britânico para o controle do arquipélago é o princípio da autodeterminação dos povos. Tal qual o princípio da soberania ; reclamado pela Argentina ;, ele faz parte das regras do direito internacional. ;As pessoas que moram nas Falklands têm o direito de decidir sobre o seu futuro. E elas querem continuar sendo britânicas, não querem a soberania argentina;, sustenta o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alan Charlton, que acaba de voltar de uma visita às ilhas. A defesa dessa ideia fez com que o primeiro-ministro David Cameron classificasse a postura argentina de ;colonialista;, há algumas semanas.
A matéria completa você lê na edição impressa desta segunda-feira (6/2) do Correio Braziliense.