Renata Tranches
postado em 08/02/2012 06:00
Com a Síria caminhando para o isolamento diplomático, o presidente Bashar Al-Assad aproveitou a visita do chanceler russo, Serguei Lavrov, e fez novas promessas de mudanças democráticas, mas não conseguiu vencer as desconfianças de países árabes e potências ocidentais. Al-Assad acenou com um referendo sobre uma nova Constituição e convidou a oposição ao diálogo, mas forças leais a seu governo mantiveram o assalto à cidade de Homs, um dos focos de contestação. Em resposta, as monarquias do Golfo Pérsico seguiram o exemplo dos Estados Unidos e anunciaram o fechamento de suas embaixadas em Damasco, enquanto nações europeias chamaram seus embaixadores para consulta.
Lavrov foi recebido calorosamente, com centenas de partidários do regime nas ruas de Damasco agitando bandeiras dos dois países e exibindo cartazes agradecendo a Moscou pelo veto, imposto com aval também da China, a uma resolução pela qual o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenaria a violência e pediria a renúncia do presidente. Ativistas de oposição denunciaram a morte de mais 60 pessoas em Homs, apenas ontem. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ao menos 400 crianças já morreram no país desde o início da revolta, em março de 2011.
As seis monarquias árabes do Golfo ; Arábia Saudita, Barein, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e Kuweit ; alegaram que as relações diplomáticas ;se tornaram inúteis depois que o regime sírio rejeitou todas as tentativas e esforços árabes sinceros para solucionar a crise e deter o derramamento de sangue;. O grupo, que forma o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), pediu a adoção de ;medidas decisivas; na próxima reunião da Liga Árabe, domingo. A entidade suspendeu na semana passada uma missão de observadores na Síria, denunciando o aumento da violência. Ontem, porém, Lavrov afirmou que Damasco quer que a missão ;prossiga seu trabalho e seja ampliada;.
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