Agência France-Presse
postado em 09/02/2012 16:16
Buenos Aires - O chanceler argentino, Héctor Timerman, apresentará ao Conselho de Segurança da ONU uma denúncia de militarização do Atlântico Sul depois da decisão de Londres de enviar um moderno destróier às Ilhas Malvinas, cuja soberania é disputada pelos dois países."O chanceler se reunirá na sexta-feira com o embaixador Kodjo Menan, presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a fim de apresentar a denúncia argentina contra a militarização que o Reino Unido está protagonizando nas Malvinas, no Atlântico Sul", indicou nesta quinta-feira um comunicado da Chancelaria.
O texto diz, além disso, que Timerman informará pessoalmente ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao presidente da Assembleia Geral, Abdulaziz al-Nasser, sobre "a violação do Reino Unido de cerca das 40 resoluções" do organismo que convocam ao diálogo entre ambos os países para resolver a divergência das Malvinas, sob controle britânico desde 1833.
Na véspera, o Reino Unido rejeitou as acusações da Argentina de que estaria militarizando o Atlântico Sul depois de a presidente Cristina Kirchner ter afirmado que vai reivindicar na ONU as disputadas Ilhas Malvinas.
O porta-voz do primeiro-ministro David Cameron declarou que as defesas britânicas continuavam inalteradas na região, apesar de um aumento das tensões antes do 30; aniversário da guerra que foi travada pelos dois países pelo arquipélago.
"Não estamos militarizando o Atlântico Sul. Nossa postura defensiva no Atlântico Sul continua a mesma", disse o porta-voz Downing Street aos repórteres.
Kirchner declarou na terça-feira que a Argentina apresentará um protesto formal ante a ONU, dizendo que a militarização britânica "apresenta um grave risco para a segurança internacional".