Agência France-Presse
postado em 09/02/2012 17:09
Washington - Um segundo suspeito declarou-se culpado nesta quinta-feira no caso envolvendo ameaças contra os criadores da série de animação "South Park", por sua imagem do profeta "Maomé", segundo fontes oficiais.Jesse Curtis Morton, de 33 anos, um muçulmano convertido que responde pelo nome de Younus Abdullah Mohammad, confessou sua responsabilidade por acusações como planejar assassinato e fazer ameaças usando a internet.
Morton foi o segundo acusado pelo caso, que atraiu as atenções por envolver uma ameaça aos criadores da animação por retratarem o profeta em uma fantasia de urso.
Em fevereiro do ano passado, Zachary Adam Chesser, 21, foi condenado a 25 anos de prisão depois de ter sido declarado culpado por fornecer material de apoio a um grupo terrorista e por incitar a violência contra os criadores do desenho.
Morton terá uma sentença máxima de cinco anos de prisão por cada uma das três acusações, quando for sentenciado em 18 de maio, segundo declarações do Departamento de Justiça.
De acordo com documentos anexados ao seu acordo de confissão, Morton fundou, em dezembro de 2007, a "Revolução Muçulmana", e criou fóruns online que promoviam "extremismo violento", afirmou o Departamento de Justiça.
Morton e seus associados usaram o website da organização para encorajar muçulmanos a realizar ataques e dar apoio ao líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, além de outro integrante do grupo terrorista, Anwar al-Awlaqi. Ambos foram mortos em operações americanas do ano passado.
O grupo de Morton também publicou mensagens de comemoração dos atentados de 11 de setembro de 2001 e das mortes de novembro de 2009 na base militar de Fort Hood, além de ataques e ameaças a organizações judaicas.
O website da Revolução Muçulmana inclui ainda comentários pertencentes ou atribuídos a Colleen LaRosa, conhecida como "JihadJane", que foi condenada por crimes relacionados a terrorismo, e a Jose Pimentel, preso em novembro de 2011 por ligação com um plano de construir e usar uma bomba para assassinar membros das Forças Armadas dos EUA.
De acordo com os documentos judiciais, Pimentel entrou em contato com Morton dizendo ser um grande fã da Revolução Muçulmana.
Dias após a prisão de Chesser, em 2010, Morton voou para o Marrocos, onde foi preso em maio e extraditado.