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Liga Árabe pede envio de missão de paz da ONU para interromper massacre

postado em 13/02/2012 09:56

A Liga Árabe decidiu ontem, em reunião extraordinária realizada no Cairo, capital do Egito, apelar ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para que mande tropas à Síria, com o objetivo de iniciar uma missão conjunta. A drástica medida marca o fim da tolerância do grupo ; que historicamente luta contra interferências externas nos países-membros ; ao derramamento de sangue no país. Os embaixadores dos sete países-membros da Liga também pretendem retirar seus embaixadores de Damasco, capital síria. Além disso, o grupo pede mais sanções econômicas contra o regime de Bashar Al-Assad. O presidente luta para manter-se no poder, apesar de a comunidade internacional e a população pedirem sua saída há 11 meses, em um cenário que se aproxima de uma guerra civil.

A Tunísia se comprometeu a abrigar a primeira reunião do grupo Amigos da Síria, formado por estados árabes e apoiado por potências ocidentais, para discutir soluções para a onda de violência no país. O encontro está marcado para 24 de fevereiro. ;Até quando vamos apenas observar o que está acontecendo com o povo da Síria e conceder ao regime mais tempo para que possa cometer novos massacres contra o povo?; questionou o chanceler saudita, Saud al-Faisal, durante a sessão.

A Liga Árabe prometeu ;abrir canais de comunicação com a oposição síria e facilitar todas as formas de apoio político e financeiro; aos rebeldes. A ONU deve discutir a situação hoje, mas ainda não há uma data definida para que o pedido árabe seja votado. Desde o início dos protestos contra Assad, em março do ano passado, pelo menos 5 mil pessoas já morreram vítimas das forças de segurança, segundo números da própria ONU. Somente ontem, outras 35 mortes foram anunciadas. O regime, entretanto, culpa ;grupos terroristas; pelo aumento da violência no país. A situação é ainda mais complicada no país porque uma parte da população ainda apoia o regime e faz protestos pró-Assad ; ontem, milhares se reuniram em Damasco. As cidades que mais têm sofrido com a onda de violência são Homs e Zabadani.

A reportagem completa você lê ainda nesta edição impressa desta segunda-feira (13/2) do Correio Brasiliense

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