Agência France-Presse
postado em 14/02/2012 10:54
Beirute - Ao menos seis pessoas morreram nesta terça-feira nos contínuos e violentos bombardeios contra a cidade rebelde de Homs, atacada há cerca de dez dias pelas forças de Bashar al-Assad, segundo uma ONG síria. Segundo Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o bombardeio de Baba Amr, que começou na madrugada, é o mais violento há cinco dias. Ele afirma que caem uma média de dois foguetes por minuto.
O militante Hadi Abdullah, membro do "Conselho da revolução de Homs", afirmou que o "bombardeio era de uma violência extrema, mais que nos outros dias".
[SAIBAMAIS]Segundo a ONU, mais de 300 pessoas morreram desde 4 de fevereiro em um "ataque sem discernimento contra zonas civis" em Homs, uma ofensiva do regime que tem por objetivo esmagar a contestação na terceira maior cidade da Síria, chamada de "capital da revolução". Os bombardeios se intensificam num momento em que a situação humanitária se agrava.
"A urgência é retirar os feridos. Há uma semana, os mortos são enterrados nos jardins, já que inclusive os cemitérios são bombardeados. As pessoas se amontoam nos refúgios", acrescentou Abdullah, que indicou que havia mulheres grávidas, doentes cardíacos ou com diabetes e, sobretudo, feridos que não poderiam ser evacuados.
Em Lajat, na província de Deraa (sul), um grupo de desertores capturou um tenente do exército e em uma carta as autoridades propuseram trocar o oficial por prisioneiros, segundo o OSDH. Na província de Dmas, as forças de segurança dispararam contra uma manifestação de estudantes em Maadamiyyet Echam, de acordo com a ONG.