postado em 17/02/2012 08:00
Organizações de proteção à liberdade de imprensa criticaram a decisão da Corte Nacional de Justiça do Equador (CNJ) ; o equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil ; que confirmou nessa quinta-feira (16/02) a condenação de um jornalista e três diretores do El Universo, o maior diário do país. O caso não tem precedentes na história recente da América do Sul. Sob a acusação de difamarem o presidente equatoriano, Rafael Correa, os quatro terão que cumprir três anos de prisão e pagar uma multa de US$ 40 milhões. O veredicto amedrontou os jornalistas, que buscaram asilo em outros países. Um deles já conseguiu o benefício, por parte do governo do Panamá.
A sentença foi divulgada após 13 horas de julgamento na CNJ, que teve seus integrantes renovados há menos de um mês. Ao ler o veredicto, na madrugada de ontem, o presidente do 3; Tribunal Penal da Corte, Wilson Merino, afirmou que ;os recursos de apelação apresentados pelos réus (foram considerados) improcedentes;. Os jornalistas do El Universo já haviam sido condenados em duas instâncias e, portanto, não cabe apelação. Com a iminência do julgamento, o autor do artigo, Emilio Palacios, pediu asilo aos Estados Unidos. Carlos Pérez Barriga, um dos diretores do jornal, já está na embaixada panamenha, em Quito. Eles e os outros condenados temem ser presos ou sofrer violência em seu país natal.
A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta sexta-feira (17/02)