Renata Tranches
postado em 17/02/2012 08:00
Há um ano, líbios descontentes com mais de 40 anos de governo de Muamar Kadafi deram início a uma batalha que derrubou o regime, ao custo de muitas mortes, entre elas a do próprio ditador. No poder desde a queda de Kadafi, em agosto, o Conselho Nacional de Transição (CNT) ainda enfrenta grandes desafios, e um dos maiores ; o da segurança ; foi exposto em relatório divulgado nessa quinta-feira (16/02) pela organização não governamental Anistia Internacional. Intitulado Milícias ameaçam esperança da nova Líbia, o documento denuncia que grupos armados espalhadas pelo país estão ;cometendo abusos dos direitos humanos com impunidade, alimentando a insegurança e encobrindo a reconstrução das instituições do Estado;. A ONG aponta ainda a inexistência de investigação desses crimes. Em entrevista ao Correio, o especialista John Hamilton, diretor do centro de análise Cross-Border Information (Londres), disse que a situação deve perdurar pelo menos até que o CNT realize eleições e conquiste maior legitimidade.
O documento afirma que ;sérios abusos, incluindo crimes de guerra, foram cometidos por uma multidão de milícias contra suspeitos de serem simpatizantes de Kadafi, com alguns casos de pessoas presas irregularmente e torturadas, às vezes até à morte;. O texto sustenta que imigrantes e refugiados africanos têm sido alvo de ataques de vingança, e que muitas vezes comunidades inteiras são forçadas a se deslocar.
A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta sexta-feira (17/02)