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Referendo de Constituição mais democrática para a Síria não aplaca críticas

Renata Tranches
postado em 28/02/2012 08:24
Defendido pelo presidente Bashar Al-Assad como uma solução para a crise na Síria, a aprovação por ;89,4% dos votos; de um projeto para uma Constituição mais democrática não abafou as críticas internacionais ou a violência no país. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), baseado em Londres, denunciou que 68 civis foram mortos durante um ;massacre; em Homs. Enquanto os Estados Unidos se referiram à votação como um ;absoluto cinismo;, a União Europeia aprovou um pacote de sanções contra o regime. Por outro lado, China e Rússia se uniram para reiterar o apoio a Damasco. Em Genebra, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, afirmou que o Brasil é contra a entrega de armas à oposição síria. Ela participou da abertura da sessão anual do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que hoje deve promover um debate sobre a situação na Síria.

O ministro do Interior sírio, Mohamad Nidal Al-Shaar, informou que o referendo teve participação de ;8,37 milhões de eleitores, ou seja, 57,4% do corpo eleitoral;. Pelas novas regras, outros partidos políticos podem participar das eleições, e não apenas o governamental Baath, que está no poder desde 1963. Além disso, o mandato presidencial estaria limitado a dois anos. Salem Nasser, especialista em Oriente Médio da Fundação Getulio Vargas, afirmou que havia expectativa de que o regime promovesse essas reformas, mas as chances de que elas sejam favoráveis ao atual cenário diminuem a cada dia. ;O problema é que se não tiver efeito, o país vai caminhar mais rapidamente para uma guerra civil;, alertou, em entrevista ao Correio.

A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta terça-feira (28/2).

Ouça a entrevista com Salem Nasser

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