Agência France-Presse
postado em 28/02/2012 11:04
O cruzeiro Costa Allegra, rebocado por uma traineira francesa depois de um incêndio no Oceano Índico, será finalmente levado para Mahé, principal ilha das Seicheles, e não para Desroches, como previsto inicialmente, anunciou nesta terça-feira (28/2) a empresa Costa Cruzeiro. O navio deverá chegar ao local na quinta-feira (1;/3) pela manhã, segundo comunicado da Costa Cruzeiro, justificando a falta de segurança e abrigo em caso de desembarque de passageiros e tripulantes na pequena ilha de Desroches.
"O desembarque na ilha de Desroches não teria a garantia e condições de segurança necessárias e adequadas para a chegada do navio e o desembarque dos passageiros", indicou o comunicado. "Além disso, os suportes logísticos e hoteleiros na ilha não são suficientes: seria necessário, imediatamente após o desembarque dos passageiros com a ajuda de botes, a transferência imediata com balsas de Desroches para Mahé", acrescentou a companhia.
[SAIBAMAIS]A companhia já organiza "ligações contínuas" entre o navio e um helicóptero que fornecerá alimentos, lanternas e outros produtos de primeira necessidade "para aliviar as difíceis condições a bordo", sem ar condicionado e nem comida quente. "A companhia pede sinceras desculpas pelo inconveniente: a prioridade absoluta é torná-lo o mais breve possível", concluiu o comunicado.
O navio está sendo escoltado, alternadamente, por dois aviões - um de Seicheles, e o outro indiano. As Seicheles abrigam vários aviões de vigilância estrangeiros, que os ajudam a lidar com os ataques de piratas somalis.
Susto
Depois de ter partido no sábado de Madagascar, o navio de cruzeiro de 188 metros de comprimento, com 636 passageiros - de 25 nacionalidades diferentes, essencialmente italianos, franceses e austríacos - e 413 membros da tripulação a bordo dirigia-se para as Seicheles quando foi atingido por um incêndio.
O incidente não poderia acontecer em pior momento para a Costa Cruzeiros, filial da gigante companhia americana Carnival: as queixas relacionadas ao naufrágio de um outro dos seus navios, o Concordia, surgem em toda parte. Este naufrágio, do dia 13 de janeiro perto da ilha italiana de Giglio, matou 32 pessoas.