postado em 06/03/2012 09:25
Os jornalistas e ativistas políticos são as principais vítimas dos governos autoritários no mundo. O alerta é da relatora especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Margaret Sekaggya. A advertência foi feita durante a reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidos (ONU), na Suíça, depois dos assassinatos de dois jornalistas na Síria ; que há um ano vive sob o clima de guerra.De acordo com a relatora, os jornalistas e ativistas são feridos, ameaçados e mortos porque trabalham com informações sobre violações de direitos humanos. Para a relatora, é fundamental que os Estados assegurem o trabalho dessas pessoas.
"Os defensores dos direitos humanos têm direito à proteção. A responsabilidade é do Estado para garantir essa proteção, de modo que os defensores possam realizar o seu trabalho importante e legítimo em um ambiente propício", disse a relatora.
Margaret Sekaggya discursou durante sessão no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça. "O trabalho (que fazem) é de extrema importância na responsabilização dos governos. Mas esses governos (costumam) reprimir (essas ações) por meio de ameaças, perseguições, prisões, detenções, e, no pior dos casos, mortes."
Para a relatora, os protestos nos países muçulmanos ajudaram a ;chamar a atenção mundial sobre os riscos; que sofrem os defensores dos direitos humanos nessas regiões. Segundo ela, um dos principais receios que têm é que o Estado e seus agentes são ;supostamente; os autores de muitas das violações cometidas contra esses defensores.
"A história nos mostra que a juventude e os estudantes têm desempenhado um papel fundamental na promoção dos direitos humanos e na colocação de novas ideias sobre a agenda de direitos humanos;, disse Margaret Sekaggya. "Suas vozes merecem ser ouvidas e não devem ser ameaçadas;, acrescentou.