[SAIBAMAIS]
Caracas - O candidato presidencial da oposição venezuelana, Henrique Capriles Radonski, desejou nesta quinta-feira (15/3) uma "longa vida" ao presidente Hugo Chávez, convalescente em Cuba depois da retirada de um tumor cancerígeno, e que ele seja seu adversário nas eleições de outubro.
"Para nós há um candidato (Chávez), queremos que seja esse candidato e, além disso, que tenha uma vida longa, porque queremos que veja a Venezuela e o progresso que vamos construir", disse Capriles em coletiva de imprensa em que oficializou sua equipe de campanha para as presidenciais do dia 7 de outubro.
Capriles, governador do estado Miranda (norte), enfatizou que não deseja nenhum "mal" ao presidente, que há quase três semanas se submeteu a uma operação em Cuba por causa de um novo tumor cancerígeno e que deseja que ele se transforme "no líder da oposição".
O candidato anunciou que intensificará sua pré-campanha depois de designar a equipe que promoverá sua candidatura nos 23 estados da Venezuela, durante uma viagem de 1.500 km no próximo fim de semana para enviar sua mensagem "casa por casa".
"Vamos percorrer todos os estados do país (...) para que esse fim de semana possamos ter contato com mais de 1.500.000 pessoas (...) e levar nossa mensagem simples: todos os venezuelanos querem progredir, querem ter uma vida melhor", acrescentou Capriles.
O candidato explicou posteriormente que viagens como esta acontecerão "todos os fins de semana" desta fase prévia ao começo oficial da campanha eleitoral em julho.
Chávez, de 57 anos e no poder desde 1999, foi operado dia 26 de fevereiro em Havana de um segundo tumor cancerígeno na mesma área de onde, em junho de 2011, foi extraído o primeiro, também em Cuba, onde se submeteu a três de quatro sessões de quimioterapia.
O governante, que espera ser reeleito para um terceiro mandato de seis anos, anunciou dias atrás que voltará até o fim desta semana a Caracas e que, em breve, começará o tratamento de radioterapia, que deverá continuar depois de sua última operação.
Capriles foi eleito candidato único da oposição ao vencer nas primárias do dia 12 de fevereiro com mais de 60% dos votos, depois das quais iniciou uma viagem pelo país em busca do apoio dos venezuelanos para as presidenciais.