Agência France-Presse
postado em 16/03/2012 20:05
Los Angeles - O co-diretor do vídeo viral postado no YouTube "Kony2012", que pretende criar consciência para buscar o criminoso de guerra ugandense Joseph Kony, foi detido e depois hospitalizado por se masturbar seminu na rua, informaram a polícia e seu chefe, esta sexta-feira (16/3).O diretor da Invisible Children, organização que fez a bem sucedida campanha na internet - o vídeo foi visto por 80 milhões de pessoas até o momento -, disse que o cineasta Jason Russell está recebendo tratamento médico neste momento por "esgotamento, desidratação e desnutrição".
A porta-voz da polícia de San Diego disse que os oficiais detiveram um homem de 33 anos na quinta-feira e o levaram para um centro médico depois que vários pedestres reportaram seu comportamento errático em uma rua da cidade do sul da Califórnia, onde fica a sede da Invisible Children.
"Os oficiais responderam a uma ligação de rádio para comprovar o estado de um indivíduo que aparentemente corria pela rua, interrompendo o tráfego e gritando. Uma pessoa disse que estava nu e que se masturbava", disse a porta-voz à AFP. "Temos informações de que estava em diferentes estados de nudez e os vizinhos ficaram preocupados", acrescentou.
Sem revelar a identidade do homem, a oficial afirmou que ele tinha sido detido e enviado a um centro médico, onde será avaliado e tratado.
O chefe da Invisible Children, Ben Keesey, disse ao site de celebridades TMZ que Russell "está recebendo tratamento médico e está dedicado a ficar bem". "As últimas duas semanas foram de grande estresse emocional para todos nós, para Jason especialmente, e isto se manifestou no acontecimento infeliz de ontem", disse Keesey.
O vídeo, que após ser postado na semana passada no YouTube somava, nesta sexta-feira, mais de 80 milhões de visitas e o apoio de muitas celebridades, faz parte de uma campanha para apresentar à justiça Joseph Kony, foragido líder da milícia rebelde ugandense Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês).
Mas "Kony2012" tem recebido muitas críticas por explicar a situação em termos maniqueístas, por supostamente promover o trabalho do próprio cineasta, por tratar um tema cujo ápice ocorreu dez anos atrás e por propor uma solução "ocidental" para o problema.