postado em 17/03/2012 08:03
É ao final de uma campanha tranquila, ao contrário do que ocorreu em 2007, que o Timor-Leste vai hoje às urnas eleger seu presidente pela segunda vez desde que se tornou independente, em 2002. Três favoritos se destacam entre os 13 candidatos inscritos, entre eles o atual mandatário, José Ramos-Horta. Embora ainda seja popular, o presidente perdeu apoio de um dos principais partidos políticos do país, o Conselho Nacional de Reconstrução do Timor (CNRT). Analistas apostam que a disputa será levada ao segundo turno, marcado para o mês que vem. O vencedor terá a missão de administrar um país pequeno, porém com muitos problemas ; mais ainda com o fim da missão das Nações Unidas. Mais da metade da população de 1,1 milhão de habitantes vive abaixo da linha de pobreza e um contingente do mesmo porte não sabe ler nem escrever.;A eleição presidencial também é uma boa indicação de como as pessoas pretendem votar nas legislativas e de quais alianças devem ser formadas entre as partes para construir uma maioria parlamentar;, disse ao Correio Damien Kingsbury, diretor do Centro de Cidadania, Desenvolvimento e Direitos Humanos da Deaking University, na Austrália. Neste ano, os olhos do mundo devem se voltar novamente para a região. O Conselho de Segurança das Nações Unidas determinou que a missão no país será encerrada em dezembro. Depois, será mantida apenas uma força-tarefa humanitária.