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Presidente do Equador reitera críticas ao combate à corrupção na imprensa

postado em 19/03/2012 09:24
Brasília ; Em visita à Turquia, o presidente do Equador, Rafael Correa, retomou o discurso em defesa do combate à corrupção na imprensa. Segundo ele, esses profissionais devem trabalhar com ;a verdade, sem manipulação;. No mês passado, Correa encerrou um embate com os dirigentes do maior jornal do país, acusados por ele de difamação e injúria. Ele disse que a campanha feita por parte da imprensa quer atingir a América Latina.

O presidente mencionou a Cúpula das Américas, que ocorrerá de 14 a 16 de abril em Cartagena, na Colômbia, da qual Cuba não participará. A exclusão de Cuba é atribuída a uma exigência do governo dos Estados Unidos. Em apoio a Cuba, o Equador, a Venezuela e a Bolívia indicaram que podem não participar da cúpula. A decisão ainda não foi tomada.

"Eu não quero causar um problema para o nosso bom amigo Juan Manuel Santos [presidente da Colômbia]. Estou morrendo de vontade de ir para a Colômbia. Admiro o presidente [Barack] Obama [dos Estados Unidos], mas agimos em princípios e crenças;, disse o equatoriano. "Sejamos claros: a não participação de Cuba é [mais um efeito do] bloqueio dos Estados Unidos. Como é possível que a América Latina continue a aceitar esse tipo de bloqueio?. É inaceitável."

Porém, o discurso de Correa se concentrou no papel da imprensa. ;No Equador, algumas coisas são toleradas em nome da liberdade de expressão. Aí devemos suportar as mentiras [que] a mídia impõe como verdade. Há corrupção na imprensa e temos de lutar contra essa corrupção", acrescentou.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de concorrer às eleições presidenciais com o próprio irmão Frabricio Correa, o presidente equatoriano foi enfático. "Que culpa tenhou eu de ter um irmão que mostra sinais de desequilíbrio?", reagiu.

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