Agência France-Presse
postado em 19/03/2012 13:17
O ataque desta segunda-feira (19/3) em uma escola francesa judaica provocou reações de indignação em todo o mundo, e um reforço das medidas de segurança em torno de interesses judaicos em alguns países da Europa. O ataque foi realizado por alguém ainda não identificado, que fugiu de moto após atirar e matar quatro pessoas, entre elas três crianças, em um colégio judeu de Toulouse.O presidente francês Nicolas Sarkozy considerou os assassinatos uma "tragédia nacional", enquanto a divisão antiterrorista da polícia investiga o terceiro ataque executado por um motociclista em pouco mais de uma semana no país. O Vaticano considerou o ato como horrível e despreível, que se junta a outros recentes episódios de violência absurda.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou "o assassinato odioso de judeus, incluindo pequenas crianças" após o tiroteio. O ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, disse estar profundamente chocado. O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Barroso, denunciou o crime como odioso, ressaltando que nada é mais inaceitável do que morte de crianças inocentes.
O primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, exprimiu horror e indignação e condenou o "ato vil que atingiu uma escola e toda uma comunidade". O ministro belga do Interior, Joelle Milquet, pediu aos serviços da polícia que exerçam uma vigilância particular dos interesses judeus na Bélgica, principalmente nos locais de ensino judeus, após o drama de Toulouse.
O embaixador americano em Paris, Charles Rivkin, fez coro às condenações e condenou fortemente as quatro mortes, assim como os assassinatos de soldados franceses que ocorreram na semana passada em Toulouse e em Montauban. A embaixada da Turquia em Paris também condenou com firmeza e veemência os assassinatos ocorridos.
O Congresso Judeu Europeu (EJC) pediu às autoridades francesas todos os esforços para encontrar o autor do ataque, que mostra a necessidade de reforçar a educação contra o antissemitismo, o ódio, a intolerância e o racismo. A Conferência Europeia dos Rabinos (CER) condenou como "um ato de barbárie" e um "ataque contra toda a comunidade judaica".
Na Itália, o presidente da Comunidade judaica de Roma, Riccardo Pacifici, relatou a "ansiedade e preocupação" dos judeus romanos. Líderes de grandes partidos, CDU (Democrata Cristão), Partido Democrático (PD, principal formação da esquerda) e o Povo da Liberdade (PDL), partido de Silvio Berlusconi, denunciaram o antissemitismo. Varsóvia denunciou um "ato de terror" em Haia e uma proteção foi reforçada em torno da escola judaica Maimonides.