Agência France-Presse
postado em 21/03/2012 14:17
Washington - O ex-ministro da Fazenda da Colômbia, José Antonio Ocampo, se declarou candidato à presidência do Banco Mundial (Bird) em um e-mail nesta quarta-feira (21/3). "Confirmado, somos a ministra da Nigéria e eu", escreveu Ocampo em referência a sua candidatura e a da ministra das Finanças nigeriana, Ngozi Okonjo-Iweala. Okonjo-Iweala não foi encontrada para confirmar se é mesmo candidata.As candidaturas à presidência do Banco devem ser anunciadas até sexta-feira (23/3) para a sucessão de Robert Zoellick, que deixará o cargo ao fim de seu mandato em junho.
O governo dos Estados Unidos, maior acionista do Bird, deve anunciar um candidato para o posto, que está sob o comando do país desde que a instituição foi fundada após a II Guerra Mundial.
O governo de Barack Obama ainda não anunciou seu candidato, mas o economista americano Jeffrey Sachs disse que é candidato para comandar o organismo multilateral que reúne 187 países.
Ocampo, de 59 anos e Sachs, de 57 anos, são ambos professores na Universidade Columbia (Nova York): Ocampo da aulas na Escola de Assuntos Públicos e Internacionais e Sachs é o diretor do Instituto da Terra (Earth Institute) nessa mesma entidade.
Ocampo e Okonjo-Iweala devem ser os candidatos de um bloco de países emergentes que expressam um crescente descontentamento pela forma como são escolhidos os responsáveis do FMI e do BM, de acordo com coletiva de imprensa.
Doutor em Economia pela Universidade de Yale, Ocampo iniciou sua atividade política no seio do Partido Liberal colombiano. Em 1993, foi nomeado ministro de Agricultura no gabinete de César Gaviria e, após a chegada de Ernesto Samper à presidência, foi ministro da Fazenda e de Crédito Público por dois anos.
Ocampo renunciou após ter sido designado secretário executivo da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), cargo que assumiu em janeiro de 1998.
Membro de um grupo de reflexão conhecido como Iniciativa Mundial de Governabilidade Econômica, Ocampo possui ideias próximas às de países como o Brasil, que defendem o controle de fluxos de capitais ante a instabilidade financeira internacional após a crise de 2008.
O atual presidente do BM, Robert Zoellick, deixará o cargo no dia 30 de junho.
O BM expressou seu desejo de encontrar um novo presidente até 20 de abril, quando celebra sua reunião de primavera em sua sede em Washington.