postado em 27/03/2012 08:21
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu mais cooperação internacional para enfrentar a ameaça de terrorismo nuclear. O apelo foi feito durante o discurso de abertura da 2; Conferência sobre Segurança Nuclear, em Seul, na Coreia do Sul. O discurso foi acompanhado por 53 líderes estrangeiros. O vice-presidente Michel Temer representa o Brasil nos debates.[SAIBAMAIS]Obama disse que a segurança do mundo depende das medidas que forem adotadas na conferência. Segundo ele, uma pequena quantidade de armas nucleares em mãos erradas pode resultar na ;morte de milhares de pessoas inocentes;. O presidente norte-americano fez o apelo no momento em que os governos do Irã e da Coreia do Norte desafiam a comunidade internacional com seus programas nucleares. Os dois países mantêm em segredo as pesquisas envolvendo a energia nuclear.
Durante as discussões, os líderes dos Estados Unidos, da França, Bélgica e Coreia do Sul se comprometeram a reduzir a utilização de urânio altamente enriquecido nos reatores das usinas nucleares. A ideia, segundo eles, é incentivar a busca pela utilização de um combustível mais seguro. Os líderes formalizaram um pacto para estimular o uso de urânio com baixo enriquecimento e não mais com 90%, como ocorre atualmente. O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Hwang-sik, disse que há cerca de 200 reatores em investigação que utilizam o urânio altamente enriquecido.
Pelo acordo firmado hoje, o governo dos Estados Unidos assume a responsabilidade de fornecer, ao longo do ano, cerca de 100 quilos de urânio de baixo enriquecimento à Coreia do Sul. Os sul-coreanos vão processar o material antes de enviá-lo, em 2013, ao grupo francês Areva-Cerca, que o converterá em combustível de alta densidade. Em seguida, o rendimento do produto será testado nos reatores de investigação da França e da Bélgica. O combustível utilizado nesses reatores representa a maior proporção de urânio altamente enriquecido no setor civil, que utiliza mais de 600 quilos do material todos os anos.