Agência France-Presse
postado em 27/03/2012 12:48
Paris - O caso no qual o ex-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn foi indiciado em Lille por participar em um esquema de prostituição é "oco, vazio, exagerado" e virá abaixo se for submetido a um debate contraditório, afirmaram os advogados de defesa. O advogado Henri Leclerc afirmou que as infrações atribuídas a Strauss-Kahn são inexistentes. O advogado completou que o cliente deveria ter recebido o estatuto de testemunha assistida durante o interrogatório de segunda-feira com os juízes responsáveis pelo caso de prostituição conhecido como hotel Carlton.O estatuto solicitado pelo advogado é intermediário entre o de simples testemunha e o de acusado. O interrogatório de Dominique Strauss-Kahn ante os juízes de Lille foi antecipado em dois dias pelos magistrados, em acordo com a defesa, para evitar a grande presença de jornalistas, explicou Henri Leclerc. O interrogatório terminou com o indiciamento de DSK por proxenetismo agravado por formação quadrilha. Os magistrados do caso Carlton de Lille tentam determinar se Strauss-Kahn sabia ou não que as participantes das festas a que compareceu em Paris e Washington eram prostitutas. Os advogados de defesa já anunciaram que pretendem apelar contra o indiciamento.