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Cuba impõe voto de silêncio aos dissidentes durante visita do papa

Regime bloqueia celulares de dissidentes. Ativistas exigem notícias de homem preso em missa papal. Vice-presidente responde a Bento XVI e descarta reforma política

Rodrigo Craveiro
postado em 28/03/2012 07:53


;O número marcado não é correto. Verifique-o; e ;o celular para o qual você está discando não existe;. As mensagens puderam ser ouvidas cada vez que a reportagem tentou entrar em contato com os principais opositores ao presidente Raúl Castro, ao longo de todo o dia de ontem. Ativistas denunciaram que o regime socialista impôs uma espécie de voto de silêncio aos dissidentes e intensificou a repressão. No microblog Twitter, opositores disseram ter recebido textos ameaçadores do Departamento de Segurança do Estado (DSE).

No dia mais político de sua visita a Cuba, Bento XVI enviou, mais uma vez, recados sutis ao regime castrista. ;Confiei à Mãe de Deus o futuro de sua Pátria, avançando pelos caminhos da renovação e da esperança, para o bem maior de todos os cubanos. Também tenho suplicado à Virgem Santíssima pelas necessidades dos que sofrem, dos que estão privados de liberdade, separados de seus seres queridos;, declarou. O discurso ocorreu após o papa orar diante da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, em Santiago de Cuba (leia o Para Saber Mais), às 9h30 (11h30 em Brasília).

Regime bloqueia celulares de dissidentes. Ativistas exigem notícias de homem preso em missa papal. Vice-presidente responde a Bento XVI e descarta reforma política

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