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Papa reza missa e defende espaço maior para a Igreja Católica em Cuba

Agência France-Presse
postado em 28/03/2012 13:29
Havana - O Papa Bento XVI pediu nesta quarta-feira (28/3) a Cuba que continue ampliando o espaço para a ação da Igreja Católica, ao celebrar uma missa na Praça da Revolução de Havana, que teve a presença do presidente cubano, Raúl Castro. O pontífice, de 84 anos, foi ouvido sob um sol radiante por meio milhão de fiéis, assim como ateus, comunistas e adeptos da santeria, rito afrocubano que mistura espiritualismo africano com o catolicismo.

O Papa disse que a Igreja busca dar o testemunho dela não apenas nas catequeses, como também no âmbito escolar e universitário. As escolas católicas e todos os colégios particulares foram estatizados depois da chegada de Fidel Castro ao poder em 1959. Além de agradecer a Deus, o pontífice disse que "a verdade é um anseio do ser humano, e buscá-la sempre supõe um exercício de autêntica liberdade".

[SAIBAMAIS]Bento XVI chegou à praça no "papamóvel" branco, com as janelas abertas, cercado por vários agentes de segurança. Católicos cubanos partiram da Catedral de Havana ao amanhecer desta quarta-feira em uma procissão com a imagem da Virgem da Caridade do Cobre até a Praça da Revolução. A imagem iluminada da Virgem, conhecida como "Mambisa", foi saudada com aplausos pelas ruas de Havana, numa procissão que deve percorrer seis quilômetros, a mais longa em décadas em Cuba.

As procissões religiosas estavam proibidas em Cuba desde os anos 60 pelo então governo ateu de Fidel Castro até que foram restituídas pelo líder da Revolução durante a visita do Papa João Paulo II em 1998. O Estado cubano deixou o ateísmo em 1991 e passou a ser simplesmente laico. Bento XVI oficiou uma missa campal na segunda-feira, em Santiago de Cuba (sudeste), ante 200.000 pessoas.

Depois do ofício religioso, o Papa se reúne com o pai da revolução cubana, Fidel Castro, antes de deixar a ilha às 17H00 locais (19H00 de Brasília), pondo fim a um viagem de seis dias pelo México e Cuba, a primeira que realiza por nações latino-americanas de fala espanhola.

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