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Presidente dos EUA, Barack Obama, autoriza novas sanções contra o Irã

postado em 30/03/2012 20:04
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou que o mercado petrolífero mundial estava em condições de suportar a aplicação a partir do fim de junho de novas sanções que atingirão as exportações de petróleo iraniano, anunciou a Casa Branca nesta sexta-feira (30/3).

"Dada a situação econômica atual, o aumento da produção por alguns países, o nível de capacidades (de produção) disponíveis e a existência de reservas estratégicas, a produção de petróleo e de produtos petrolíferos de outros países permitiria uma redução significativa da compra de petróleo e de produtos petrolíferos do Irã através das instituições financeiras estrangeiras", escreveu Obama em um memorando divulgado pela presidência.

Esta certificação pelo presidente americano estava prevista por uma lei que ele mesmo assinou em dezembro. O texto prevê sancionar as instituições financeiras estrangeiras que mantenham relações com o Banco Central iraniano, que geralmente gere o comércio do petróleo da República Islâmica.

O esperado anúncio da Casa Branca foi feito em um momento em que a cotação do petróleo nos mercados mundiais já é afetada pelo nervosismo dos operadores. Obama estimou recentemente que a tensão no Oriente Médio provocou um aumento de 20 a 30 dólares do preço do barril.

Nos Estados Unidos, o preço da gasolina nos postos se aproxima de suas máximas históricas, o que ameaça a recuperação econômica e deixa Obama mais vulnerável às pressões de seus adversários nos meses anteriores às eleições presidenciais, em que o chefe de Estado tentará obter um segundo mandato.

O anúncio desta sexta-feira acontece no mesmo dia em que a Turquia, um dos principais aliados de Washington na região, que faz fronteira terrestre com o Irã, reduziu em 20% seu abastecimento de petróleo iraniano.

Os Estados Unidos retiraram das sanções (por 180 dias) onze países, dez membros da UE e Japão, mas pediu que reduzam sua dependência do petróleo de Teerã. A Turquia, que não faz parte desse grupo, pediu para ser incluída na mesma disposição.

No total, 23 países importam petróleo iraniano, entre eles Índia, China e Coreia do Sul.

A UE anunciou no final de janeiro sua intenção de impor um embargo petrolífero gradual e sem precedentes ao Irã, enquanto o Japão reduziu suas importações de petróleo entre "15% e 22%" durante os últimos seis meses de 2011.

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