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Após boatos de golpe de Estado, governo chinês censura a internet

postado em 01/04/2012 08:14
Temendo comentários que poderiam desestabilizar o governo, a China tentou calar ontem os mais de 500 milhões de usuários da internet no país. Depois de fechar 3.177 sites e prender 1.065 suspeitos desde fevereiro, a polícia voltou a mira, ontem, para o Sina Weibo e o Tencent QQ, redes sociais semelhantes ao Twitter, onde postam-se mensagens de até 140 ideogramas e se compartilham fotos e vídeos. Com a imprensa controlada unicamente pelo Estado, os microblogs são utilizados como meio de reclamações e desabafos, principalmente entre os jovens.

Alegando lutar contra ;rumores perniciosos;, o Partido Comunista Chinês deteve seis pessoas no sábado, fechou mais 16 sites, suspendeu o serviço de comentários on-line das redes sociais e apagou 208 mil ;mensagens daninhas;. O Weibo e o QQ são cuidadosos com a censura imposta no país e possuem softwares que identificam palavras e expressões ;suspeitas;. Ainda assim, não conseguem controlar uma enxurrada de comentários que crescem a cada dia ; calcula-se que, por mês, 10 milhões de pessoas se cadastrem somente no Weibo, a rede social mais popular da China. Na Primavera Árabe, o Partido Comunista acompanhou com olhares inquietos o papel das redes sociais como ferramenta de mobilização rápida e anônima entre os militantes pró-democracia.

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