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França deporta dois religiosos muçulmanos e avisa que outros serão expulsos

postado em 03/04/2012 08:06
As autoridades da França deportaram dois muçulmanos, apontados como radicais religiosos, e mais três deverão ser expulsos do país nos próximos dias. A ação é uma resposta aos ataques promovidos por Mohamed Merah, de 23 anos, no mês passado, que provocou sete mortes na região de Toulouse, no Sudoeste do país. O Ministério do Interior da França informou que as pessoas deportadas foram enviadas ao Mali e à Argélia.

[SAIBAMAIS]Na segunda-feira (2/4), a polícia francesa havia detido 19 suspeitos de radicalismo. Em campanha para a reeeleição, durante comício na cidade de Nancy, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou o fim da tolerância em relação aos radicais religiosos. ;Envio uma advertência muito clara, que deve ser bem compreendida. ;Todos os que pregarem valores contrários aos da República Francesa serão expulsos na hora, não haverá exceção, não haverá nenhuma indulgência;", disse Sarkozy.

A afirmação foi feita logo depois de o ministro do Interior, Claude Guéant, ordenar a expulsão da França de cinco imãs (líderes religiosos muçulmanos) e muçulmanos de diversas nacionalidades, considerados radicais por ameaçar os interesses fundamentais do Estado. Dois deles - o argelino Ali Belhadad e Almany Baradji, um imã do Mali - foram deportados na segunda-feira (2/4). Os outros três são homens e dois deles foram apontados como imãs suspeitos de serem radicais. Os casos foram analisados pela comissão de expulsão.

Na semana passada, o governo francês proibiu a entrada de quatro religiosos que iam participar do encontro anual das Organizações Islâmicas da França, de 6 a 9 de abril em Saint-Denis, nos arredores de Paris. A polícia também lançou uma ofensiva no dia 17 de março, prendendo 17 suspeitos de serem radicais.

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