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Sarkozy defende legalidade de suas contas de campanha de 2007

Agência France-Presse
postado em 03/04/2012 15:28
Paris - O presidente francês e candidato a um novo mandato Nicolas Sarkozy negou nesta terça-feira (3/4) qualquer financiamento eleitoral ilegal de sua campanha presidencial de 2007, afirmando que suas contas "não foram questionadas por ninguém".

"Como sempre, antes da eleição presidencial, há um certo número de boatos fétidos, é clássico, isto não surpreende ninguém, mas nem por isso é verdade", declarou Nicolas Sarkozy a propósito das investigações sobre os casos ligados à multimilionária Liliane Bettencourt, herdeira da empresa de cosméticos L;Oréal.

Nicolas Sarkozy fez essa declaração à rede Canal %2b em meio a sua campanha para a próxima eleição presidencial de 22 de abril e 6 de maio."Queria dizer uma coisa sobre as contas de minha campanha de 2007", que "não foram questionadas por ninguém".

"A comissão de contas de campanha certificou essas contas dizendo que ;não há um centavo de que possa se perguntar de onde vem, não há um gasto de que possa se perguntar por quem foi financiado", insistiu Sarkozy.

As investigações sobre o tentacular caso Bettencourt parecem ter se aproximado de Sarkozy nas últimas semanas, já que um juiz de instrução de Bordeaux tenta saber se saques em dinheiro das contas da família Bettencourt puderam servir para financiar ilicitamente sua campanha.

O juiz investiga em particular dois saques de 400.000 euros cada, em fevereiro e em abril de 2007. Segundo alguns testemunhos não confirmados formalmente, o dinheiro pode ter sido entregue ao ex-ministro Eric Woerth, que era na época tesoureiro da campanha de Sarkozy.

Como parte deste caso, foi preso em 23 de março Patrice de Maistre, administrador de Liliane Bettencourt.

O presidente não tinha falado até agora sobre os novos elementos da investigação.

Seus comentários suscitaram uma áspera reação da equipe do candidato socialista à presidência, François Hollande.

"Há um caso Bettencourt, Woerth-Bettencourt, que é instruído pela justiça. Dizer que se trata de boatos fétidos é quase um insulto à justiça", declarou Jean-Marc Ayrault, conselheiro de Hollande e presidente da bancada socialista na Assembleia Nacional.

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