Agência France-Presse
postado em 03/04/2012 15:36
Bamaco - Os islamitas armados pareciam controlar totalmente norte do Mali, e alguns progrediam em direção ao centro do país, no momento em que a junta militar, no poder desde 22 de março, encontra-se sob o embargo de seus vizinhos da África do Oeste.
O ministro francês da Cooperação, Henri de Raincourt, afirmou nesta terça-feira à rádio RFI que foram apontados movimentos de rebeldes em torno de Mopti, cidade do centro do Mali sob controle governamental e que marca o limite com o norte do país, em mãos dos rebeldes.
Motpi está situada a meio caminho entre Bamaco e Timbuktu, uma das capitais do norte de Mali e cidade histórica que caiu em mãos dos islamitas armados do movimento Ansar Dine (Defensores do Islã), apoiado por elementos da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (Aqmi), segundo testemunhas.
De acordo com fontes concordantes, três dos principais chefes da Al-Qaeda no Magreb Islâmico - Abu Zeid, Mokhtar Belmokhtar e Yahya Abu al-Hammam - estão em Timbuktu ao lado do líder tuaregue do movimento Ansar Dine (Defensores do Islã), Iyad Ag Ghaly, que controla a cidade.
Esses três homens "participaram de um encontro entre Iyad Ag Ghaly e os imãs da cidade", declarou uma fonte de segurança. A informação foi confirmada por uma pessoa ligada a um dos imãs que participaram do encontro.
"Todos os três estão lá. Abu Zeid afirmou que está feliz de estar na terra muçulmana do Mali", afirmou a pessoa ligada ao imã.
Eles fizeram do antigo campo do Exército malinense de Timbuktu a sua "base", disse a fonte de segurança.A maior parte dos treze reféns ocidentais detidos no Sahel, incluindo seis franceses, foi sequestrada por esses três homens.
Timbuktu, grande centro intelectual do Islã, é chamada de "Pérola do Deserto" e está inscrita na lista do Patrimônio Mundial da ONU.
Iyad Ag Ghaly, ex-figura das rebeliões tuaregues dos anos 1990 "explicou que não veio para a independência, mas para a aplicação da lei islâmica", disse Saliu Thiam, funcionária da direção regional do Tesouro em Timbuktu.
"Tudo está tranquilo na cidade", acrescentou.Seus homens lançaram uma operação de recuperação de bens saqueados, segundo uma testemunha. Nesta terça-feira (3/4), a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, manifestou sua preocupação com Timbuktu. "Peço às autoridades do Mali e às facções em guerra que respeitem o patrimônio do país", expressou.
Segundo Bokova, "as mesquitas de Djingareyber, Sankoré e Sidi Yahia são valiosas mostras da arquitetura de adobe que devem ser preservadas, assim como os 16 cemitérios e mausoléus que Timbuktu abriga", explicou.
Já a junta militar no poder está totalmente isolada, e submetida desde segunda-feira a um embargo diplomático, econômico e financeiro total decidido na segunda-feira em uma cúpula da Comunidade Econômica de Estados da África do Oeste (CEDEAO) em Dacar.
O ministro francês da Cooperação, Henri de Raincourt, afirmou nesta terça-feira à rádio RFI que foram apontados movimentos de rebeldes em torno de Mopti, cidade do centro do Mali sob controle governamental e que marca o limite com o norte do país, em mãos dos rebeldes.
Motpi está situada a meio caminho entre Bamaco e Timbuktu, uma das capitais do norte de Mali e cidade histórica que caiu em mãos dos islamitas armados do movimento Ansar Dine (Defensores do Islã), apoiado por elementos da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (Aqmi), segundo testemunhas.
De acordo com fontes concordantes, três dos principais chefes da Al-Qaeda no Magreb Islâmico - Abu Zeid, Mokhtar Belmokhtar e Yahya Abu al-Hammam - estão em Timbuktu ao lado do líder tuaregue do movimento Ansar Dine (Defensores do Islã), Iyad Ag Ghaly, que controla a cidade.
Esses três homens "participaram de um encontro entre Iyad Ag Ghaly e os imãs da cidade", declarou uma fonte de segurança. A informação foi confirmada por uma pessoa ligada a um dos imãs que participaram do encontro.
"Todos os três estão lá. Abu Zeid afirmou que está feliz de estar na terra muçulmana do Mali", afirmou a pessoa ligada ao imã.
Eles fizeram do antigo campo do Exército malinense de Timbuktu a sua "base", disse a fonte de segurança.A maior parte dos treze reféns ocidentais detidos no Sahel, incluindo seis franceses, foi sequestrada por esses três homens.
Timbuktu, grande centro intelectual do Islã, é chamada de "Pérola do Deserto" e está inscrita na lista do Patrimônio Mundial da ONU.
Iyad Ag Ghaly, ex-figura das rebeliões tuaregues dos anos 1990 "explicou que não veio para a independência, mas para a aplicação da lei islâmica", disse Saliu Thiam, funcionária da direção regional do Tesouro em Timbuktu.
"Tudo está tranquilo na cidade", acrescentou.Seus homens lançaram uma operação de recuperação de bens saqueados, segundo uma testemunha. Nesta terça-feira (3/4), a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, manifestou sua preocupação com Timbuktu. "Peço às autoridades do Mali e às facções em guerra que respeitem o patrimônio do país", expressou.
Segundo Bokova, "as mesquitas de Djingareyber, Sankoré e Sidi Yahia são valiosas mostras da arquitetura de adobe que devem ser preservadas, assim como os 16 cemitérios e mausoléus que Timbuktu abriga", explicou.
Já a junta militar no poder está totalmente isolada, e submetida desde segunda-feira a um embargo diplomático, econômico e financeiro total decidido na segunda-feira em uma cúpula da Comunidade Econômica de Estados da África do Oeste (CEDEAO) em Dacar.