Agência France-Presse
postado em 03/04/2012 19:52
Los Angeles - Ninguém pediu ao magnata Donald Trump, produtor do concurso Miss Universo, que "mostre sua anatomia" para provar que é homem, argumentou nesta terça-feira (3/4), em Los Angeles, a advogada de uma modelo transexual canadense que concorre à coroa de Miss Canadá.
Trump chegou a impedir, inicialmente, a participação da bela Jenna Talackova porque não tinha "naturalmente nascido" mulher, mas logo reverteu a decisão sob condições que a advogada Gloria Allred considerou ambíguas.
Em entrevista à imprensa, Gloria Allred exigiu do magnata um pedido de desculpas, eliminando a norma tanto para Talackova como para todas as futuras transexuais que desejarem participar do concurso de beleza internacional.
Trump respondeu pouco depois, em declarações ao site TMZ que "não pedirá nenhuma desculpas" e, em relação à referência a sua anatomia, disse: "Acho que Gloria ficaria muito impressionada comigo".
De cabelos louros, pernas longas e traços delicados, a modelo de 23 anos tinha sido selecionada para participar da escolha da Miss Universo Canadá, no dia 19 de maio, mas foi desclassificada mês passado, cuando se soube que era transexual.
"Jenna ficou indignada ao ser informada dos motivos pelos quais não poderia competir no concurso, que exige que a participante tenha ;naturalmente nascido; mulher", disse Allred a jornalistas, ao lado da modelo.
"Jenna é mulher, como diz sua certidão de nascimento, seu passaporte e sua carteira de motorista", assegurou a advogada, considerada ela mesma uma estrela, por atuar em casos de clientes famosos, envolvendo os direitos da mulher.
"É uma norma antiquada, baseada no preconceito, no medo e em estereótipos", acrescentou.
Mas, na noite de segunda-feira, a organização Miss Universo, uma produção de Donald Trump e da NBC Universal, emitiu um comunicado revertendo a proibição.
"O Miss Universo permitirá que Jenna Talackova concorra, se cumprir os requisitos legais de reconhecimento de gênero e os padrões estabelecidos por outras competições internacionais", diz o texto.
A advogada considerou o texto insatisfatório e disse que, em vez de garantir a participação de Talackova, "o senhor Trump impõe condições ambíguas".
Jenna "nunca pensou que seria relevante, um dia, a forma como nasceu. Não pediu ao senhor Trump que prove que nasceu homem, ou que publique fotos de seu nascimento para mostrar a anatomia", argumentou a advogada.
"Precisamos de uma resposta clara. Jenna poderá competir ou não? Pedimos a Trump um passo à frente na liderança da luta contra a discriminação", intimou Allred.A advogada prometeu ações legais se não for eliminada esta norma "flagrantemente discriminatória".
Trump chegou a impedir, inicialmente, a participação da bela Jenna Talackova porque não tinha "naturalmente nascido" mulher, mas logo reverteu a decisão sob condições que a advogada Gloria Allred considerou ambíguas.
Em entrevista à imprensa, Gloria Allred exigiu do magnata um pedido de desculpas, eliminando a norma tanto para Talackova como para todas as futuras transexuais que desejarem participar do concurso de beleza internacional.
Trump respondeu pouco depois, em declarações ao site TMZ que "não pedirá nenhuma desculpas" e, em relação à referência a sua anatomia, disse: "Acho que Gloria ficaria muito impressionada comigo".
De cabelos louros, pernas longas e traços delicados, a modelo de 23 anos tinha sido selecionada para participar da escolha da Miss Universo Canadá, no dia 19 de maio, mas foi desclassificada mês passado, cuando se soube que era transexual.
"Jenna ficou indignada ao ser informada dos motivos pelos quais não poderia competir no concurso, que exige que a participante tenha ;naturalmente nascido; mulher", disse Allred a jornalistas, ao lado da modelo.
"Jenna é mulher, como diz sua certidão de nascimento, seu passaporte e sua carteira de motorista", assegurou a advogada, considerada ela mesma uma estrela, por atuar em casos de clientes famosos, envolvendo os direitos da mulher.
"É uma norma antiquada, baseada no preconceito, no medo e em estereótipos", acrescentou.
Mas, na noite de segunda-feira, a organização Miss Universo, uma produção de Donald Trump e da NBC Universal, emitiu um comunicado revertendo a proibição.
"O Miss Universo permitirá que Jenna Talackova concorra, se cumprir os requisitos legais de reconhecimento de gênero e os padrões estabelecidos por outras competições internacionais", diz o texto.
A advogada considerou o texto insatisfatório e disse que, em vez de garantir a participação de Talackova, "o senhor Trump impõe condições ambíguas".
Jenna "nunca pensou que seria relevante, um dia, a forma como nasceu. Não pediu ao senhor Trump que prove que nasceu homem, ou que publique fotos de seu nascimento para mostrar a anatomia", argumentou a advogada.
"Precisamos de uma resposta clara. Jenna poderá competir ou não? Pedimos a Trump um passo à frente na liderança da luta contra a discriminação", intimou Allred.A advogada prometeu ações legais se não for eliminada esta norma "flagrantemente discriminatória".
Apesar de ter nascido com genitais masculinos, Talackova soube que era mulher ainda muito jovem; começou a fazer uma terapia hormonal aos 14 anos e se submeteu à cirurgia de mudança de sexo aos 19 anos.
Tomando o microfone, a modelo pediu a Trump que diga claramente se a norma contra a participação de transexuais será eliminada e qualificou o comunicado sobre sua eventual participação de "confuso".
"Não quero que nenhuma outra mulher sofra a mesma discriminação que tive de suportar", disse a loura alta canadense, com sorrisos para a imprensa e mostrando o passaporte, que a identifica sem meias-verdades como mulher.