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Vice-presidente argentino acusado de tráfico de influência alega inocência

Agência France-Presse
postado em 05/04/2012 17:34
Buenos Aires - O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, rejeitou nesta quinta-feira (5/4) acusações contra ele por suposto tráfico de influência a favor de uma gráfica que imprime documentos oficiais e moedas e as atribuiu a "ataque das máfias", em coletiva de imprensa no Senado.

"Há um brutal ataque às instituições que está ocorrendo a partir das máfias" midiáticas e judiciais, disse Boudou ao se referir à investigação que apura supostas negociações incompatíveis com a função pública e lavagem de dinheiro.

Neste caso, o juiz federal Daniel Raf ecas ordenou na quarta-feira uma busca no apartamento alugado do vice-presidente, no luxuoso bairro portenho de Puerto Madero, tema que foi capa dos jornais de Buenos Aires.

"A capa (do jornal Clarín) de hoje mostra a baixa qualidade institucional por parte do Poder Judiciário. Sendo um trâmite com segredo de Justiça, (...) isso mostra a baixíssima qualidade institucional por parte do sistema judiciário do país", acusou Boudou.
Segundo os jornais Clarín e La Nación, na busca foi encontrado um recibo de gastos em nome de Alejandro Vanderbroele, titular da gráfica investigada, o que comprobaria a ligação entre ambos, o que o vice-presidente nega.

Enquanto era realizada a busca em Buenos Aires, Boudou estava junto à presidente em um ato em Bariloche (1.800 km ao sul).
O governo vem mantendo nos últimos anos uma dura briga com os principais veículos da imprensa argentina, particularmente com o grupo Clarín, que envolveu entre outros temas as leis de meios audiovisuais que limita a concentração e a disputa pela empresa que produz papel de jornal na Argentina.

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