Agência France-Presse
postado em 06/04/2012 09:25
WASHINGTON - O líder do cartel de Juárez e Chihuahua, o mexicano José Antonio Acosta Hernández, se declarou culpado nesta quinta-feira, em El Paso, Texas, e foi condenado à prisão perpétua por tráfico de drogas, anunciaram as autoridades americanas.Acosta, 34 anos, também conhecido como "Diego", "Dientón", "Diez" e "Bablazo", foi extraditado do México para os Estados Unidos no dia 16 de março passado. O réu se declarou culpado de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, informou o departamento de Justiça.
Acosta admitiu ainda sua responsabilidade em vários assassinatos, incluindo o triplo homicídio ocorrido em 13 de março de 2010, na cidade de Juárez, onde morreram a funcionária americana Leslie Enriquez, seu marido, Arthur Redelfs, e Jorge Salcido Ceniceros, cônjuge de outra integrante do consulado americano local.
Segundo as autoridades americanas, Acosta teve participação direta ou indireta em mais de 1.500 assassinatos desde 2008. No total, a juíza Kathleen Cardone condenou Acosta a dez penas de prisão perpétua e a 20 anos em uma prisão federal.
"Como líder da facção (do Cartel) ;La Línea;, Acosta dirigiu de forma direta um reinado de terror. A admissão de culpa hoje e a sentença são um passo importante para nossos esforços de levar à justiça os responsáveis pelos assassinatos no consulado (de Juárez), e isto não teria sido possível sem a extraordinária ajuda dos nossos sócios na aplicação da lei no México", destacou a subprocuradora-geral Lanny Breuer.
Michele Leonhart, diretor da agência americana de combate às drogas (DEA), disse que Acosta é "um assassino de sangue frio sem qualquer respeito pela vida humana, cujas ações violentas foram interrompidas graças aos esforços combinados de Estados Unidos e México".