Os bósnios lembraram ontem os 20 anos do início de uma guerra étnica que devastou o país na década de 1990. Milhares de pessoas se reuniram em uma das principais avenidas da capital Sarajevo para homenagear os mortos durante o cerco à cidade.
Ao longo de 825 fileiras, foram espalhadas 11.541 cadeiras vermelhas, representando cada pessoa que perdeu a vida na ofensiva. Liderados pelo nacionalismo do então presidente da Sérvia, Slobodan Milosevic, os sérvios moradores da Bósnia queriam restaurar a Grande Sérvia e interromper o movimento separatista que atingiu a região após a dissolução da antiga Iugoslávia. A ação inaugurou o conflito mais sangrento da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Ao todo, as batalhas mataram mais de 100 mil pessoas e fizeram com que outras 2,2 milhões deixassem suas casas.