Agência France-Presse
postado em 08/04/2012 10:38
DAMASCO - O regime do presidente Bashar al-Asad não pretende retirar as tropas mobilizadas nas cidades sírias antes de obter "garantias escritas" da oposição, anunciou o ministério sírio das Relações Exteriores."Dizer que a Síria vai retirar suas forças das cidades em 10 de de abril é inexato, (o emissário internacional) Kofi Annan não apresentou ainda garantias escritas de que os grupos terroristas armados interromperão qualquer forma de violência", afirma o comunicado.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quinta-feira por unanimidade uma declaração que pede a Damasco o respeito à data limite de 10 de abril o fim das principais operações militares. A oposição deve fazer o mesmo nas 48 horas posteriores.
No sábado, mais de 120 pessoas morreram na Síria, onde o regime parece querer terminar com a rebelião antes da data estabelecida pela ONU para a retirada das tropas governamentais.
Neste domingo, Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão da oposição síria, pediu às Nações Unidas uma "intervenção urgente" para acabar com a violência.
"Pedimos ao Conselho de Segurança da ONU a intervenção urgente para acabar com a catástrofe humanitária provocada pelo regime contra o povo sírio desarmado, adotando uma resolução (vinculante) sob o artigo 7 para garantir a defesa dos civis", afirma um comunicado do CNS.
"Acreditar nas promessas deste regime selvagem permite que ele avance em seu plano criminoso para destruir a Síria e causar um banho de sangue no país", completa a nota.
"Desde o anúncio enganoso de que aceitou o plano de solução da crise do emissário internacional Kofi Annan em 2 de abril, o regime cometeu massacres selvagens que mataram quase 1.000 pessoas", destacou o CNS.