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Annan se diz "chocado" e pede a governo sírio que acabe com a violência

postado em 08/04/2012 18:14
O emissário das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, manifestou-se hoje (8) ;chocado; com o aumento ;inaceitável; da repressão no país e pediu ao regime de Bashar Al Assad que acabe com a violência.

;Estou chocado com os recentes relatos que indicam um aumento da violência e das atrocidades em diferentes cidades da Síria, com um resultado alarmante de feridos, refugiados e pessoas deslocadas;, disse Annan, em comunicado.

;[Estas ações] violam o que foi acordado comigo;, disse Annan, que considerou o aumento da violência ;inaceitável;. ;Devemos todos trabalhar com urgência para o fim das hostilidades, permitir o acesso às agências humanitárias e criar as condições para um processo político que permita ter em conta as aspirações legítimas e as preocupações do povo sírio;.

;À medida que se aproxima a data limite de 10 de abril, lembro ao governo sírio a necessidade colocar em prática os compromissos assumidos;, disse, apelando à comunidade internacional para que exerça a sua influência junto do regime para ;parar com o banho de sangue e para começar o diálogo;.

O plano da ONU para a Síria prevê o fim das operações militares na terça-feira (10) e o estabelecimento de um cessar-fogo 48 horas depois. O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coligação da oposição, apelou hoje (8) à ONU para que intervenha com ;urgência; a fim de acabar com a violência no país, após mais um dia de confrontos que fizeram mais de 120 mortos.

;Dizer que a Síria vai retirar as suas forças das cidades no dia 10 de abril não é exato, Kofi Annan não apresentou ainda garantias escritas da aceitação dos grupos terroristas armados de parar com todas as formas de violência;, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio, por meio de comunicado.

De acordo com o Observatório dos Direitos Humanos Sírio, a violência em todo o país provocou pelo menos 128 mortos no sábado (7). Segundo a mesma fonte, a violência na Síria fez perto de 10 mil mortos, a maioria civis, desde o início da contestação popular, a 15 de março de 2011.

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