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Equipes de socorro tentam resgatar mineiros peruanos presos há quatro dias

Agência France-Presse
postado em 08/04/2012 18:18
Equipes de socorro tentavam neste domingo resgatar nove mineiros peruanos presos há quatro dias a 250 metros de profundidade em uma mina clandestina no sul do país, enquanto os deslizamentos parciais no local devem prolongar os trabalhos por mais três dias.

"Tendo todo o material que precisamos, o resgate pode demorar outros dois dias", disse o primeiro-ministro peruano, Oscar Valdés, ao citar as equipes de socorro. O premiê visitou a mina onde os mineiros estão presos, em uma montanha rochosa na região de Ica, 325 km ao sul de Lima.

Pouco antes de dar a informação, Valdés escutou um resumo das operações de salvamento de um coordenador de operações de socorro que afirmou que o "resgate levaria de dois a três dias mais, porque precisamos de madeira e pranchas para apoiar as galerias do refúgio".

Os mineiros estão presos desde quinta-feira em um túnel horizontal, após um deslizamento em um refúgio da colina onde está a mina de cobre Cabeça de Negro, no bairro de Quilque, na região de Ica.

Os nove mineiros estão vivos, recebem líquidos rehidratantes e oxigênio através de um tubo metálico pelo qual também se comunicam com os socorristas e seus familiares, afirmaram as equipes de resgate.

Sua saúde é estável, apesar de alguns apresentarem quadros de angústia pela incerteza sobre quanto tempo terão de permanecer presos debaixo da terra.

"Tive a chance de conversar com um dos mineiros, o qual me informou que estão estáveis de saúde e confiam que serão resgatados", afirmou o diretor regional de Saúde do Ica, Huber Mallma.

No domingo, a cautela parecia ter se instalado entre os socorristas sobre um final feliz do resgate, em momentos em que o governo se envolveu no caso e enviou à região o primeiro-ministro Oscar Valdés e o ministro de Minas e Energia, Jorge Merino.

O engenheiro de minas César Alarcón Medina, que foi ao local para dar seu apoio, afirmou à AFP que o refúgio bloqueado está em uma região curva e, segundo seus cálculos, tem uma largura de cerca de cinco metros.

Alarcón prefere não dar uma previsão de quanto tempo levarão para retirar os mineiros. "Tudo depende do que encontrarmos" à medida que a escavação avança.

A mina Cabeça de Negro é uma jazida artesanal e informal explorada em condições precárias depois que a mina foi abandonada há mais de duas décadas por seus proprietários.

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