Agência France-Presse
postado em 09/04/2012 20:11
Buenos Aires - O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, acusou o presidente da Bolsa de Comércio, Adelmo Gabbi, e o escritório jurídico do Procurador da Nação, Esteban Righi, por tráfico de influência, no momento em que é investigado pelo mesmo crime, revelou uma fonte oficial, que pediu para não ser identificada.O vice-presidente está sob investigação por negociações incompatíveis com o serviço público e lavagem de dinheiro no caso envolvendo a Ciccone, empresa que imprime cédulas e documentos oficiais.
Boudou afirma que se desentendeu com Gabbi e com o escritório ;García, Labat, Musso e Righi; após se negar a exercer sua influência a favor deles, o que motivou a ação. Em entrevista coletiva na quinta-feira passada, Boudou, 48 anos, sugeriu que Gabbi e Righi estão por trás da investigação contra ele, qualificada de "brutal ataque às instituições por parte das máfias".
"Gabbi me pediu uma entrevista em 3 de março de 2011. Disse que estava preocupado porque o presidente da Boldt (outra empresa que imprime documentos para o governo), Antonio Tabanelli, planejava me destruir. Também falou que tudo poderia ser resolvido, eu deveria apenas dizer um número".
Sobre o escritório jurídico de Righi, Boudou revelou que quando era diretor da previdência social "me avisaram para ter boas relações com Comodoro Py (como é conhecida a sede dos tribunais federais pelo nome da rua)".