postado em 10/04/2012 08:01
Os alertas da comunidade internacional, mais uma vez, não intimidaram o presidente Bashar Al-Assad. Assim como ocorreu com a Liga Árabe, o ditador ignorou o plano de cessar-fogo das Nações Unidas e ordenou bombardeios a diversas regiões de resistência ao regime. Nas 24 horas que antecederam o prazo dado pela ONU ; a violência deve cessar a partir de hoje ;, mais de 100 sírios morreram, a maioria civis. A repressão chegou à fronteira com a Turquia, em uma zona que abriga milhares de refugiados, e fez crescer a tensão entre os dois países. Os ataques feriram seis pessoas, entre elas dois turcos, e levaram o governo de Ancara a pedir o fim imediato dos combates, que causaram uma morte na fronteira com o Líbano.O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) contabilizava 101 mortes até o fechamento desta edição. Uma das regiões mais atingidas foi a província de Hama, no centro do país. Lá, tropas leais a Assad enfrentam há dias o Exército Livre da Síria, dos rebeldes. Ativistas denunciam punições coletivas na província, um dos berços da resistência. ;Trinta e cinco pessoas morreram em bombardeios, incluindo 15 crianças e adolescentes e oito mulheres. E ainda há pessoas sob os escombros;, reportou Rami Abdel Rahman, presidente do observatório, à agência France-Presse. A violência também atinge os soldados de Assad. Entre os mortos de ontem, 19 eram das forças leais ao regime.