Agência France-Presse
postado em 10/04/2012 11:49
Jerusalém - O presidente da Associação Israelense de Escritores em idioma hebreu, Herzl Hakak, pediu nesta terça-feira (10/4) que seus colegas em todo o mundo denunciem as posições do Prêmio Nobel de Literatura alemão Günter Grass, que criticou a política de Israel em relação ao Irã. Hazak pediu manifestação ao Pen Club e ao Comitê Nobel pois a declaração de de Grass não se trata de política, e sim de moral, pois considera que ele é cúmplice de uma operação de lavagem das declarações genocidas dos dirigentes iranianos. [SAIBAMAIS]No domingo (8/4), o ministro do Interior de Israel, Elie Yishai, anunciou a proibição para Günter Grass entrar em seu território. O ministro afirmou que o poema de Günter é uma tentativa de atiçar as chamas do ódio contra o Estado de Israel e contra o povo israelense.
O poema, intitulado "O que deve ser dito", escrito em prosa e publicado no jornal alemão Süddeutsche Zeitung denunciou eventuais ataques israelenses contra instalações nucleares iranianas como um projeto que poderia levar "à erradicação do povo iraniano porque se suspeita que seus dirigentes constroem uma bomba atômica". Em 2006, o Nobel de Literatura de 1999, conhecido por sua posição esquerdista, admitiu ter feito parte, durante a juventude, das Waffen SS, unidade de elite do regime de Adolf Hitler, apesar das críticas que fez à Alemanha por seu passado nazista.