Agência France-Presse
postado em 10/04/2012 12:37
Sanaa - Ao menos 133 pessoas morreram em dois dias devido à violência ligada à Al-Qaeda no Iêmen, em particular a partidários da rede extremista que, nesta terça-feira, sitiavam a cidade de Loder no sul do país. Os combates concentrados em torno de Loder, cercada pela Al-Qaeda, deixaram 102 mortos entre os extremistas, 14 entre os militares e oito entre os combatentes dos Comitês de Resistência Popular, que apoiam o Exército.Violentos combates na segunda-feira entre o Exército iemenita e combatentes da Al-Qaeda deixaram pelo menos 60 mortos no sul do Iêmen, incluindo 40 homens do movimento extremista que tem intensificado seus ataques. Os novos confrontos, que demonstram a capacidade dos insurgentes de estender as ações ao sul, ocorrem no momento em que o governo tem dificuldades para reestruturar o Exército e as forças de segurança, controladas em parte por oficiais ligados ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh.
Loder fica 150 km ao nordeste da cidade de Zinjibar, capital da província de Abyan, controlada pelos "Partidários da Sharia", um grupo ligado à Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA). Em agosto de 2010, a Al-Qaeda assumiu temporariamente o controle de Loder, antes de ser expulsa pelas Forças Armadas, apoiadas pelas tribos. O Ministério do Interior alertou na semana passada sobre os movimentos dos partidários da Al-Qaeda na região de Loder e seus arredores. O governo identificou o líder local do grupo terrorista, Al-Khidher Hassan al-Khaadani, como o coordenador da movimentação.
A Al-Qaeda reforçou a presença no sul e no leste do Iêmen depois que o poder central perdeu força com a revolta popular que forçou a queda do presidente Saleh. O novo presidente do país, Abd Rabbo Mansur Hadi, anunciou que a luta contra o movimento extremista é uma de suas prioridades, mas também se viu obrigado a enfrentar os partidários de Saleh.