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Hillary Clinton debate crises da Síria, Coréia do Norte e Irã em Washington

Agência France-Presse
postado em 11/04/2012 16:54
Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, está reunida nesta quarta-feira (11/4) em Washington com seus homólogos do G8 para abordar temas dominantes como a crise na Síria, o projeto nuclear no Irã e o lançamento de um foguete previsto pela Coreia do Norte.

Os países do G8 - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia - se reúnem em Washington pouco depois de a Síria anunciar o fim das operações do Exército previsto para quinta-feira pela manhã, coincidindo com o ultimato fixado pela ONU para um cessar fogo absoluto. O Departamento de Estado reiterou nesta quarta-feira (11/4) que o regime sírio será julgado "através de seus atos e não de suas palavras".

Hillary costuma criticar o presidente Bashar al-Assad por não cumprir as promessas que faz à comunidade internacional.

O Conselho de Segurança da ONU tinha pedido na terça-feira às autoridades sírias para encerrar os combates antes da quinta-feira, depois de declarar que o mediador no conflito para a ONU, Kofi Annan, alertou que Damasco não tinha cumprido suas promessas, mais de um ano depois de iniciada a repressão que deixou mais de 10.000 mortos. "Bashar al-Assad mentiu para Kofi Annan", criticou na terça-feira o chanceler francês, Alain Juppé.

São esperados os resultados da reunião prevista para quinta-feira entre o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e Clinton, já que a Rússia rejeitou até agora todas as resoluções da ONU que implicaram mais pressões sobre o regime sírio.

Annan tentou transmitir esperança nesta quarta-feira ao destacar: "se todos respeitarem (o cessar-fogo), deveremos observar uma clara melhora da situação no terreno" a partir de quinta-feira pela manhã.

Poucos dias antes de novo diálogo entre o Irã e o grupo 5%2b1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) previsto para sábado em Istambul, o programa nuclear iraniano também está no centro do G8.

O chefe dos negociadores iranianos, Said Jalili, afirmou nesta quarta-feira que o Irã apresentará "novas iniciativas" na Turquia, depois de os Estados Unidos pedirem "medidas concretas". A Coreia do Norte também estará no centro dos debates, com o anúncio feito por Pyongyang de sua intenção de lançar um foguete, medida denunciada por Washington e por seus aliados como um teste disfarçado de míssil balístico.

Com este anúncio de lançamento, previsto entre quinta e segunda-feira, Pyongyang pôs fim às esperanças geradas pela recente assinatura de um acordo entre Washington e Coreia do Norte, segundo o qual esta se comprometia a por fim a suas atividades nucleares e balísticas em troca de os Estados Unidos retomarem o envio de ajuda humanitária. Hillary pediu à Coreia do Norte para desistir do lançamento de seu foguete se quisesse um "futuro pacífico".

Diplomatas franceses também anteciparam que a crise no Mali "seria objeto de trocas de pontos de vista" nas reuniões de quarta-feira, em um momento em que o norte desse país se vê invadido pelos rebeldes tuaregues e islamitas armados.

O Quarteto para o Oriente Médio (União Europeia, Estados Unidos, Rússia, ONU) também se reúne, visando à retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos, congeladas desde 2010.

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