Agência France-Presse
postado em 11/04/2012 18:58
Los Angeles - O "guru" Charles Manson, preso há mais de 40 anos por uma série de crimes - entre eles o assassinato da mulher do cineasta Roman Polanski -, não poderá sair em liberdade condicional, decidiu nesta quarta-feira (11/4) a Justiça de Los Angeles. Uma cúpula "negou hoje a liberdade condicional ao recluso Charles Manson, em uma audiência na prisão estatal de Corcorán no condado de Kings", afirmou um comunicado da autoridade penitenciária da Califórnia (CDCR).Em um processo automático que ocorre a cada cinco anos, a CDCR examinou pela décima segunda vez a eventual concessão da liberdade condicional a um dos presos mais famosos dos Estados Unidos. No entanto, é improvável que Manson, 77 anos, tenha outra chance: a próxima revisão ocorrerá em 15 anos, devido a uma modificação na legislação aprovada em 2008. "Foi a décima segunda audiência conduzida pela cúpula de liberdade condicional. Dentro de 15 anos ocorrerá outra audiência", completou o texto.
Na semana passada, a CDCR divulgou uma foto recente do "guru", que mostra o famoso psicopata com uma abundante cabeleira e uma longa barba cinza. A cruz gamada tatuada na testa continua visível.
Manson - preso em Corcorán, 300 km a noroeste de Los Angeles - liderava um culto apocalíptico e criou um plano de assassinatos em grande escala nos bairros de brancos em Los Angeles, com a objetivo de fazer a comunidade negra ser apontada como culpada pelo crime para desatar uma guerra racial.
Foi condenado à morte junto a quatro de seus discípulos por organizar, em agosto de 1969, o assassinato de sete pessoas, entre elas Sharon Tate, mulher do cineasta francês Roman Polanski e que estava grávida de oito meses. As condenações dos autores destes crimes foram comutadas para prisão perpétua quando a Califórnia proibiu a pena capital no estado em 1972.