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Divergência sobre Cuba impede declaração final na Cúpula das América

Agência France-Presse
postado em 15/04/2012 15:54
Cartagena - A falta de acordo sobre a participação de Cuba impediu consensuar uma declaração final dos líderes da Cúpula das Américas, que termina neste domingo (15/4) com um pronunciamento que representa apenas o anfitrião, a Colômbia, disse o assessor presidencial para Assuntos Internacionais do Brasil, Marco Aurélio Garcia.

Segundo Marco Aurélio Garcia, os presidentes não assinaram a declaração final devido à decisão de Estados Unidos e Canadá de vetar a proposta de convidar Cuba para as próximas Cúpulas, mas também por não apoiar a reivindicação argentina de soberania sobre as ilhas Malvinas.

"Não houve possibilidade de uma declaração conjunta. Estados Unidos e Canadá não estão de acordo com Cuba e Malvinas", disse Garcia à rádio colombiana RCN.

"É o que ocorreu em 2009 em Trinidad e Tobago (onde aconteceu a cúpula anterior). Haverá uma declaração assinada apenas pelo presidente da Colômbia, que não será firmada pelos demais presidentes", confirmou um diplomata brasileiro.

A presidência argentina também lamentou em um comunicado "não haver declaração final diante do veto dos Estados Unidos a um artigo sobre Cuba".

A presidente argentina Cristina Kirchner partiu de Cartagena em direção a Buenos Aires nesta manhã, antes do fim da cúpula.

"Durante a sessão plenária de ontem, a presidente havia pronunciado um discurso no qual agradeceu o apoio e a solidariedade de mais de 30 países pelas Malvinas".

Segundo a presidência argentina, tampouco se alcançaram consensos no debate sobre alternativas para a luta antidrogas na região.

"No outro tema central, como é o do debate sobre as drogas e sua descriminalização, também não foram alcançados consensos entre os países, o que significou outro obstáculo para a assinatura de uma declaração final da VI Cúpula das Américas", disse a presidência argentina em seu site.

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