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Israelenses fazem minutos de silêncio em homenagem às vítimas do Holocausto

postado em 19/04/2012 12:36
Mulher segura jaqueta do pai, Mordechai Fuchs, judeu que sobreviveu ao holocausto e morreu há três meses
Eventos oficiais começaram na noite de quarta com uma cerimônia formal no Museu do Holocausto Yad Vashem, com a participação de autoridades israelenses, e continuaram durante todo o dia em vários locais do país.

Durante o dia, uma sessão especial do Parlamento será dedicada a lembrar os mortos, e redes de televisão e estações de rádio farão uma grande cobertura dos eventos relacionados ao Holocausto, com a transmissão de filmes, documentários e debates, muitos incluindo o testemunho de sobreviventes.

Neste ano, pela primeira vez, uma delegação cigana participa das cerimônias em Israel, com representantes de Polônia, República Tcheca, Alemanha, Holanda e Eslováquia.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha nazista exterminou cerca de metade de todas as populações ciganas nos países ocupados.

Em seu discurso na cerimônia na noite de quarta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou o mundo para a nova ameaça existencial voltada contra o povo judeu, representada por um Irã nuclear.

"As pessoas que se recusam a ver a ameaça iraniana não aprenderam nada com a Shoah (Holocausto)", disse. "Elas têm medo de falar a verdade, que é hoje, como foi no passado, a existência de pessoas que querem aniquilar milhões de judeus".

"A verdade é que um Irã com armas nucleares é uma ameaça existencial para o Estado de Israel", disse, exigindo que Teerã seja "parado".

Mas a comparação de Netanyahu provocou uma forte reprovação do sobrevivente do Holocausto Elie Wiesel em uma entrevista concedida ao site de notícias Globes.

"O Irã é um perigo, mas afirmar que está criando um segundo Auschwitz? Eu não comparo nada com o Holocausto", disse o premiado com o Nobel da Paz.

Wiesel disse que é "inaceitável" comparar o genocídio nazista com qualquer outra situação ou conflito.

"Eu não gosto disso. É inaceitável e impossível fazer comparações com o Holocausto", disse.

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