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Juiz fixa fiança de US$ 150 mil para Zimmerman em caso Trayvon Martin

Agência France-Presse
postado em 20/04/2012 14:29
Miami - O vigia voluntário George Zimmerman, acusado de assassinato em segundo grau pela polêmica morte do jovem negro Trayvon Martin, em fevereiro, deverá pagar uma fiança de 150 mil dólares para obter liberdade sob fiança, determinou nesta sexta-feira um juiz da Flórida.

O juiz Kenneth Lester impôs uma fiança de 150 mil dólares para Zimmerman, um sistema de monitoramento eletrônico através de GPS, proibição de porte de armas, não poderá se comunicar com a família Martin nem consumir álcool, mas por enquanto não sairá da prisão de Sanford (centro da Flórida).

Tanto Zimmerman quanto sua família revelaram na audiência desta sexta-feira (20/4) que contam com poucos fundos - seus pais são aposentados e estão pagando a casa em que vivem - e, portanto, não está claro como o acusado conseguirá o montante para sair da prisão na qual se encontra desde o dia 11 de abril, quando se entregou às autoridades.

O advogado de Zimmerman, Mark O;Mara, solicitou no último minuto de uma audiência de mais de duas horas que começou às 09h00 locais (10h00 de Brasília) que seu cliente fosse autorizado a residir fora do estado da Flórida, mas o juiz não se pronunciou sobre este pedido.

Na sala do tribunal também se encontrava a promotora especial designada para este polêmico caso, Angela Corey, e os pais de Trayvon Martin, Sybrina Fulton e Tracy Martin, junto ao seu advogado, Benjamin Crump.

Minutos antes de se sentar no banco dos réus para ser interrogado, Zimmerman se desculpou perante os pais do jovem.

"Lamento a perda de seu filho", disse Zimmerman, de 28 anos. "Pensei que era mais jovem que eu", acrescentou o vigia voluntário, vestido de terno e gravata, embora algemado.

"Eu não sabia se estava armado ou não", concluiu com o semblante tranquilo.

A esposa do acusado, Shellie, assim como seus pais, Robert e Gladys Zimmerman, prestaram seu testemunho por telefone no início da audiência e foram interrogados pelo advogado do acusado, Mark O;Mara, e pelo procurador estatal, Bernardo de la Rionda.

"Nunca foi uma pessoa violenta, a menos que seja provocado", disse o pai em uma de suas declarações, e assegurou que seu filho "foi uma pessoa honesta em toda a sua vida".

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