postado em 24/04/2012 19:56
Apesar do acordo de cessar-fogo, firmado no último dia 12, a violência na Síria continua. Imagens de satélites, divulgadas pela Embaixada dos Estados Unidos em Damasco, mostraram que o plano de paz não foi respeitado pelo presidente. As fotos mostram tanques de guerra em todo o país. Mesmo com a presença de dois observadores da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas nesta terça-feira (24/4), 59 pessoas morreram em bombardeios, apesar da presença de observadores internacionais, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).Uma equipe de capacetes azuis circula diariamente nas cidades mais atingida. Na próxima semana, 300 observadores devem chegar ao país para monitorar o cessar-fogo. Al Assad tem sofrido duras críticas por violar o acordo de paz. ;É muito importante que o governo sírio forneça proteção completa para os observadores e garanta liberdade de movimento, liberdade de acesso;, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, afirmou que o regime está ;acabado; e que Bashar al-Assad sairá do poder ;morto ou vivo;. Kofi Annan, enviado especial das Nações Unidas à Síria, lamentou a situação do país. Ele afirmou ao Conselho de Segurança que o cenário é "desolador".
Os Comitês Locais de Coordenação, que lideram os protestos contra o presidente, enviaram ontem uma carta a Ban pedindo que as Nações Unidas mandem, imediatamente, uma equipe para forçar o fim do derramamento de sangue. ;Pedimos que uma intervenção para que os bombardeios e assassinatos realizados pelo exército do regime parem;, escreveram. ;Demos aos observadores documentos necessários para provar que o regime violou o cessar-fogo.; O conflito já dura 13 meses e deixou mais de 11 mil mortos. Desde março do ano passado, Al Assad luta para se manter no poder, enquanto a oposição e parte da população pede sua saída. O confronto já é caracterizado por muitos especialistas como o início de uma guerra civil.