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Tunísia deseja fazer mais em busca da redemocratização do país

postado em 25/04/2012 11:34
Depois de 15 meses da renúncia do ex-presidente da Tunísia Zine El Abidine Ben, o atual primeiro-ministro, Hamali Jebali, disse nesta quarta-feira (25/4), em Túnis, durante encontro com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que pretende fazer mais em busca da redemocratização da região. O chanceler está na Tunísia, depois de passar pela Etiópia, e depois segue para a Mauritânia.
[SAIBAMAIS]
Prisioneiro político por 15 anos, Jebali apoiou os protestos que levaram à renúncia do ex-presidente da República em janeiro do ano passado. Após 23 anos no poder, El Abidine Ben deixou o poder sob pressão popular, acusado de violações de direitos humanos e corrupção. Os manifestantes da Tunísia foram os primeiros a protestar na chamada Primavera Árabe, em 2011.

Patriota se reuniu também com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Tunísia, Rafik Abdessalem. Na reunião ficou definido que serão realizados dois seminários ampliando as relações entre os dois países. O primeiro será em junho, para discutir a cooperação em agricultura e programas sociais, e o outro em setembro, sobre parcerias comerciais.

Nas conversas com as autoridades tunisianas, Patriota foi informado que há a intenção de fortalecer o bloco regional denominado Magreb (formado pelo Marrocos, Sahara Ocidental, a Argélia, Tunísia, Mauritânia e a Líbia), a exemplo do que ocorre com o Mercosul (bloco integrado pelo Brasil, a Argentina, o Uruguai e Paraguai).

Da Tunísia, o chanceler segue para a Mauritânia. Às vésperas da chegada dele ao país, o governo brasileiro comunicou ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em Genebra, na Suíça, a decisão de doar US$ 300 mil à Mauritânia.

De acordo com as autoridades brasileiras, a ideia é utilizar esses recursos para apoiar os refugiados do Mali que estão na Mauritânia. Desde fevereiro último, cerca de 60 mil cidadãos do Mali buscam refúgio em território mauritano. A contribuição brasileira cobrirá parte dos custos de aquisição e instalação de novas barracas para o abrigo de refugiados. O Mali vive um longo período de instabilidade política.

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