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Polícia prende mais de 200 manifestantes em Kuala Lumpur

Agência France-Presse
postado em 28/04/2012 15:22
Kuala Lumpur - A polícia da Malásia usou gás lacrimogêneo e jatos d;água neste sábado contra milhares de manifestantes que lotaram as ruas da capital Kuala Lampur para exigir reformas eleitorais e uma votação limpa.

Os manifestantes se reuniram na Praça da Independência, no centro de Kuala Lumpur, em desafio a um veto do governo contra protestos na área que levantou dúvidas sobre a promessa do primeiro-ministro Najib Razak de expandir liberdades civis.

A manifestação, até então pacífica, saiu do controle quando centenas de pessoas, revoltadas com o bloqueio à praça, empurraram barricadas e foram recebidas pela polícia com gás lacrimogêneo e jatos d;água com produtos químicos.

O porta-voz da polícia nacional, Ramli Yoosuf, informou que pelo menos 222 pessoas foram detidas, mas destacou que o número final deve ser consideravelmente maior. Este foi o segundo ano seguido que a polícia enfrentou uma passeata organizada pelo movimento pró-reforma Bersih. Um protesto no ano passado foi reprimido pelas forças de segurança e terminou com 1.600 detidos.

O Bersih e a oposição ao governo exigem reformas mais amplas de Najib para acabar com o que chamam de décadas de manipulação da coalizão governista, que deseja uma perpetuação no poder.
"A mensagem que enviamos a Najib é que devemos ter eleições limpas", afirmou o líder opositor Anwar Ibrahim para a multidão pouco antes do início dos confrontos. Najib negou qualquer fraude eleitoral.

"Nós não queremos ser eleitos com trapaças. Nós somos um governo eleito pelo povo", declarou o premier, segundo a agência de notícias oficial Bernama. O Bersih quer uma revisão da lista de eleitores, depois das revelações de nomes fantasmas ou duplicados nos registros oficiais, assim como uma mudança drástica na Comissão Eleitoral Nacional, que é acusada de ser tendenciosa, entre outras reformas.

Depois das críticas à repressão do protesto no ano passado, Najib implementou uma série de reformas políticas para conter os protestos. Mas agora ele volta a enfrentar críticas, depois de ter vetado os protestos na praça e das alegações de pressão sobre ativistas nos últimos dias.

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