Agência France-Presse
postado em 29/04/2012 12:17
Paris - O socialista François Hollande, candidato à presidência, afirmou neste domingo (28/4) que o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Khan "não participa na campanha" para a eleição presidencial e "não tem motivo reaparecer" nela. Hollande enfrentará o atual presidente Nicolas Sarkozy no segundo turno das eleições presidenciais no próximo domingo, 6 de maio.Surpreendentemente, na noite de sábado, Strauss-Kahn apareceu em um bar parisiense em que o socialista Julien Dray festejava seu aniversário, o que levou dirigentes do Partido Socialista, como a ex-candidata à presidência Segolene Royal, a se retirar da comemoração.
Fora da corrida presidencial, Strauss-Kahn (ou DSK, como é conhecido pelos franceses), levantou uma polêmica no sábado ao ter declarações publicadas no jornal britânico The Guardian atribuídas a ele. "Não acreditava que iriam tão longe (...), não pensava que poderiam encontrar algo para me deter", disse DSK, segundo a entrevista para o Guardian, em referência aos partidários de Sarkozy.
De acordo com o jornal, o ex-ministro socialista, cuja carreira política foi subitamente atingida pelo escândalo sexual do Sofitel de Nova York, acusou "os inimigos vinculados a Nicolas Sarkozy de terem sabotado sua candidatura" à presidência.
Aos 62 anos, Strauss-Kahn estava a ponto de se tornar o principal rival da esquerda de Sarkozy na disputa presidencial quando as denúncias de abuso por parte de Nafissatou Diallo, camareira de um hotel em Manhattan, mudaram sua vida e o levaram à prisão em Nova York em 14 de maio de 2011. Pessoas próximas a DSK alegaram neste domingo que a entrevista publicada pelo Guardian era uma "montagem" feita a partir de um livro que ainda não foi publicado.