Agência France-Presse
postado em 30/04/2012 21:16
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou nesta segunda-feira (30/4) que seu governo comemore em excesso a morte de Osama bin Laden, nem que vá utilizá-la com fins eleitorais, mas criticou a postura de seu adversário republicano Mitt Romney sobre este tema."Não acredito que houve uma comemoração excessiva aqui", afirmou Obama em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, depois de ser questionado sobre o primeiro ano da morte do líder da Al-Qaeda.
"Sobre meu papel pessoal (na operação militar realizada no Paquistão) e ao que outros fizeram, recomendo a todos que escutem as declarações das pessoas", disse Obama em alusão a Romney.
O candidato republicano às eleições do dia 6 de novembro garantiu que ele também teria dado a ordem de realizar a missão. "Evidentemente. Até (o ex-presidente) Jimmy Carter teria dado esta ordem".
Contudo, a equipe de campanha de Obama questionou a posição de Romney frente à operação militar, já que ele manifestou no passado sua oposição a intervir no Paquistão contra a Al-Qaeda e a "revirar céus e terras e gastar bilhões para capturar uma só pessoa".
A equipe de Obama, que buscará a reeleição em novembro, divulgou na sexta-feira um vídeo em que o ex-presidente Bill Clinton aprova a decisão de seu sucessor de realizar a arriscada operação contra Bin Laden em Abbottabad (Paquistão).
O adversário republicano de Obama nas eleições presidenciais de 2008, John McCain, criticou o presidente, que "sem nenhuma vergonha, utiliza com fins políticos a única decisão em que teve razão".