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Confrontos marcam manifestação de 1º de maio no Chile

Agência France-Presse
postado em 01/05/2012 16:02
Santiago - Milhares de trabalhadores chilenos protestaram nesta terça-feira em Santiago em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho em um dia marcado por graves confrontos entre encapuzados e a polícia chilena, constatou um jornalista da AFP.

A manifestação, organizada pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT) - o principal sindicato do país -, foi iniciada na Estação Central, no centro, de onde as colunas de trabalhadores avançaram pacificamente pela emblemática avenida Alameda, sob uma operação policial.

Os trabalhadores protestaram em meio a dança e música, com bandeiras e cartazes que exigiam melhorias salariais e trabalhistas.

"Exigimos uma vez mais as reivindicações dos direitos dos trabalhadores, queremos melhores condições trabalhistas e salariais", disse uma trabalhadora à AFP.

Quando a marcha for concluída, dezenas de encapuzados atacaram a polícia com pedras, deixando uma oficial ferida no rosto, que foi atendida por outros oficiais, segundo constatou a AFP.

Os encapuzados colocaram barricadas, acenderam fogueiras e atacaram comércios e equipamentos da imprensa que cobria o evento. A polícia dispersou os manifestantes com agentes a cavalo, carros lança d;água e bombas de gás lacrimogêneo.

A polícia chilena não informou o número de feridos e detidos.

As manifestações se repetiram em outras cidades como Valparaíso e Concepción, onde foram registrados incidentes menores.

O ato de 1; de maio acabou em um cenário onde a liderança da CUT colocou ênfase em exigir do governo um aumento urgente no salário mínimo, dos 182.000 pesos atuais (375 dólares), a 250.000 (515 dólares).

"Necessitamos de um salário mínimo de verdade. Queremos dizer ao governo e ao Parlamento: este ano o salário mínimo deve chegar a 250.000 pesos para fazer frente ao alto custo de vida", disse Arturo Martínez, presidente da CUT.

O número de desocupados no Chile alcançou os 537.000 durante o primeiro trimestre de 2012 (janeiro-março) sobre uma força de trabalho de 8,1 milhões de trabalhadores, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

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