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Peritos independentes da ONU cobram direito de ativistas atuarem no Irã

postado em 04/05/2012 14:01
Um grupo de peritos independentes, nomeados pela Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), condenou nesta sexta-feira (4/5) as prisões e a adoção de penas consideradas excessivas contra os defensores dos direitos humanos no Irã. Os peritos pediram ao governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que garanta a preservação dos direitos humanos no país, segundo a ONU.

O relator do grupo, Ahmed Shaheed, disse que as penas impostas a defensores de direitos humanos no Irã indicam a tendência de um ;sério revés na proteção; do tema no país. Segundo ele, uma das preocupações é com a ativista política e jornalista Nargess Mohammadi. Condenada há 11 anos de prisão, ela apresenta problemas graves de saúde. Na relação das preocupação da comissão estão os ativistas e advogados Abdolfattah Soltani e Nasrin Sotoudeh. Ambos são acusados de agir contra o governo e foram condenados à prisão e proibidos de exercerem suas atividades profissionais.

A relatora especial para Defensores dos Direitos Humanos na Comissão da ONU, Margaret Sekaggya, destacou que os ativistas que atuam nesta área exercem um ;papel fundamental na garantia de uma sociedade democrática; que respeite os direitos humanos. "Eles devem ser autorizados a realizar o trabalho sem enfrentar intimidação, assédio, detenção e repressão", disse Sekaggya.

A relatora especial sobre a questão da independência dos juízes e advogados, Gabriela Knaul, acrescentou que o governo ;tem obrigação de garantir; que os profissionais que lidam com a Justiça trabalhem sem ;intimidação, impedimento, assédio ou interferência indevida;.

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