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Franceses comemoram com euforia a vitória de Hollande na praça da Bastilha

Agência France-Presse
postado em 06/05/2012 19:29
Paris - "Vencemos", "Sarko acabou", gritavam neste domingo na praça da Bastilha de Paris milhares de pessoas que se reuniram para festejar a vitória do socialista François Hollande na eleição presidencial.

Em um lugar emblemático da esquerda francesa, os simpatizantes esperavam a intervenção do novo presidente na mesma praça onde se celebrou há 31 anos a eleição do socialista François Mitterrand.

Quando o rosto de François Hollande apareceu nos telões, um clamor encheu a praça, onde em seguida começaram a estourar garrafas de champanhe e fogos de artifício.

"O Eliseu é nosso", gritavam os simpatizantes da esquerda, contentes de ver o conservador Nicolas Sarkozy partir após cinco anos.

"Eu, praticamente, não conheci nada além da direita. No fundo, sei que isso não vai mudar grande coisa, mas haverá mais tolerância, mais humanidade, menos estigmatização, uma sociedade tranquilizada", disse Julien Auffret, de 27 anos.

Em volta deles podiam ser vistos rostos radiantes, apesar de a angústia do desemprego não ter desaparecido com a saída de Nicolas Sarkozy, atingido por seu "flerte" com a extrema direita, a terceira força política mais votada no primeiro turno das eleições presidenciais.

Com uma flor no cabelo e olhos cheios de lágrimas, Catherine Cocagne aproveita o momento. "Venceu", disse contente essa secretária de 47 anos. Mas também está consciente dos perigos: "colocamos nossa esperança em Hollande, mas ele não pode ir mal, porque então em cinco anos os extremistas é que vencerão".

Didier Stephan, um artista de 70 anos, se diz "feliz" de "não ver mais" Nicolas Sarkozy, e quer acreditar no "homem normal" que Hollande prometeu ser, com as promessas de subir os impostos às rendas mais altas e introduzir medidas a favor do crescimento no pacto de austeridade fiscal europeu.

"No tema da Europa, fará as linhas se moverem", disse Didier Stephan. "Claro que é crível, tem todo o povo atrás dele". Mas adverte: "estamos contentes, mas não temos ilusões, a política não faz tudo".

Emocionada, Lucile Jourdannaud, estudante de direito de 20 anos, votou pela primeira vez. "Ver que a esquerda venceu é um grande orgulho. É um pouco como o 1981 de nossa geração".

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